CAP. 15
- NUNCA FALES
Nunca
fales sem primeiro observar o que vai sair da tua boca. A tua
responsabilidade é muito grande pelo que falas aos outros. A força
mental que se transforma em ideias
é carregada de magnetismo emprestado pelos teus sentimentos. A tua
mente é um campo de fusões eletro-magnéticas, de onde partem todos
os pensamentos que se consubstanciam em mensagens para os que te
ouvem,
levando a tua marca. Portanto, deves responder
pela carga dos que recebem tuas palavras. Se a tua mente for educada,
o retorno será de paz. Se não vigiares o que dizes e a indisciplina
encontrar ambiente condizente com a desordem, a própria natureza
devolverá o que deres aos teus companheiros, acentuando, de volta,
as formas afins às tuas ideias.
Nunca
fales mal de ninguém, mesmo que te encontres atingido pela
maledicência alheia. Nunca penses ao contrário das leis do Amor,
mesmo que o ambiente em que vives seja propício às conversações
negativas. O papel do homem de bem é vigiar a si mesmo no que pensa,
fala e faz, pois o maior beneficiado é quem se educa, e quem
disciplina a si mesmo.
Tudo
o que fizeres de bom, saído da nobreza da tua alma, estarás fazendo
exclusivamente para ti. Tu serás o maior premiado. Quem cumpre o
dever não está fazendo nada mais do que o próprio dever. Nunca
penses e nunca fales que és um portador de luzes para a humanidade.
Cada um cuida da sua própria conduta. Se falares sobre o que fazes
de bom, começas a corromper o Bem que intentas realizar. E quando
anunciamos alguma coisa do grau de Caridade a que atingimos a vaidade
não deixa de aumentar as proporções que não foram atingidas,
distorcendo a verdade, caímos na depressão urdida pela mentira e a
consciência nos cobra o que deixamos de fazer e que anunciamos aos
outros sem ter feito. Colocamos uma lente no bem que tentamos fazer e
fazemos questão de mostrar a quem passa,
tentando colocar viseiras
nos
olhos dos nossos companheiros, no que se refere aos nossos atos
indignos. Tudo isso são ilusões. Estamos enganando a nós mesmos,
porque ninguém engana as leis e nem Quem as fez.
O
orgulho e a vaidade estragam muitas vidas. O orgulhoso e o vaidoso
não desconfiam que os outros estão observando e analisando o que
falam a mais do que realmente
são.
Se és verdadeiramente um benfeitor da coletividade, pelos exemplos e
pelas ações, não te apresses em divulgar isso, porque o próprio
ar se encarrega de transmitir os teus valores, os próprios objetivos
ao teu derredor denunciam e refletem as luzes que se desprendem do
teu coração.
A
autovalorização é falta de discernimento e escassez de educação.
Tu és o que és e nada mais. Se intentas anunciar o que fazes, o que
foi feito apresenta falsificações nas suas mais íntimas
estruturas. Quem fala muito sobre o que fez tem o intuito de esconder
os erros que sempre estão às vistas dos observadores. O santo
sempre nega seus feitos, mesmo os benefícios que atingiram a
humanidade e, quando não tem outro jeito, responde que é um dever
seu fazer o bem e, se isso é caridade, está fazendo por bem de si
mesmo. Isso não ocorre com o ignorante, que sempre quer mostrar o
que não é.
Fala
menos de ti mesmo e, quando não suportares ficar calado, fala das
tuas
próprias deficiências, mesmo que não tenhas coragem de falar de
todas. Dize o que a tua coragem permitir e o teu coração suportar.
Mas nunca fales sem pensar o que vais dizer.
Fonte: Cirurgia Moral (Ditado por Lancellin. Psicografado por João Nunes Maia)
Fonte: Cirurgia Moral (Ditado por Lancellin. Psicografado por João Nunes Maia)
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