Cap.
Um
- A enfermeira
Estava
atrasada. Levantei-me no horário de costume.
Como
sempre, toda manhã em casa era uma correria.
Meus
dois filhos, um moço e uma adolescente acordavam para irá escola e
meu marido para ir ao trabalho. Naquela manhã, meu filho me
pediu:
"Mamãe,
por favor, pregue o botão na minha camisa, quero ir à escola com
ela."
E
lá fui eu pregar o botão. Todos saíram, eu me
atrasei,
não peguei
o
ônibus no horário costumeiro, mas sim outro, dez minutos depois.
Atrasada, atravessei correndo a avenida em frente ao hospital em que
trabalhava e um carro me
atropelou.
Senti o baque e me
vi
caída no chão. Não senti dor, fiquei
tonta
e o que me
aconteceu
depois, pareceu-me que sonhava.
Vi
que me
colocaram
em uma maca, entraram comigo no prédio do hospital, indo para a sala
de emergência.
Não
conseguia mover-me nem falar. Reconheci
os
enfermeiros amigos ao meu lado, olhando-me preocupados. Senti o
doutor Murilo me
examinar
e escutei:
-
"O estado de Sônia é gravíssimo!"
Deu
ordens que julguei
serem
certas.
-
"Não está adiantando!" - escutei e reconheci
a
voz de Ivone, uma competente enfermeira.
-
"Morreu!" - falou alguém.
-
"Sônia, infelizmente não resistiu, está morta!" -
expressou-se doutor Murilo.
"Eu
não!" - pensei aflita. - "O que está acontecendo meu
Deus? Por que será que acham que morri!
Tenho
de falar, reagir e mostrar a eles que estou viva."
-
Calma, enfermeira Sônia! Tranquilize-se.
Sabemos
que você está viva. Durma!
Escutei
e não identifiquei quem falou. Uma mão quente fechou meus olhos com
carinho. Achei que me deram algum sedativo. Senti que estava sendo
medicada e dormi.
Mas
não foi um sono tranqüilo.
Às vezes
sentia que mexiam comigo. Tentava tranqüilizar-me,
achando
que estava sendo operada ou que me faziam curativos. Depois ouvi
meus
familiares chorando, principalmente minha filha, mãe e irmã.
Pensei:
"Eles já sabem e estão chorando junto ao meu leito. Isso não
é permitido. Será que abriram exceção porque trabalho aqui?".
-
Morreu tão jovem!
-
Coitada da Sônia, foi atropelada quando ia para o trabalho!
Sentia
um torpor e não conseguia entender o que me acontecia. Concluí que
era a anestesia que estava me fazendo delirar.
-
Sônia - escutei uma voz forte falando comigo -, vamos levá-la
para
um local sossegado. Acalme-se e tente descansar.
"Vou
para a U.T.I." - pensei.
E
esforcei-me para ficar tranquila.
Senti
alguém mexer no meu corpo, mas não senti dor, apenas aquele estado
terrível de torpor. Parecia que sonhava, queria acordar e não
conseguia.
Senti
que me levaram para outro local e deitaram-me numa cama. Abri os
olhos um pouquinho e vi que estava numa enfermaria. Pessoas de branco
carinhosamente acomodaram-me e uma delas falou:
-
Sônia, você irá dormir tranqüila!
Ainda
escutava choros e lamentos; depois dormi.
Acordei.
Acabou aquele estranho torpor. Olhei para o local onde estava, era
uma enfermaria bem-arrumada, limpíssima e silenciosa.
-
Onde estou? - ouvi minha voz indagar e ressoar pelo quarto.
Duas
senhoras me olharam. Ninguém respondeu.
"Estou
no hospital" - pensei. - "Que pergunta boba a minha. Estou
me lembrando. Fui atropelada!"
Curiosa,
levantei o lençol. Estava vestida com uma camisola branca e pasmei:
nenhum ferimento. Movi-me com facilidade e pensei:
Aconteceu
algo estranho! O que será que houve? Talvez tenha batido somente a
cabeça e agora estou saindo de um coma. É isso! Mas por que não
estou na U.T.I.? Por que não estou num quarto particular? Temos
convênio!".
Um
senhor entrou no quarto e uma das senhoras que me olhou, falou:
-
Doutor José Augusto, Sônia já acordou!
-
Que bom! Como está, garota? - perguntou ele me olhando e sorrindo.
Parecia
que o conhecia, mas não me lembrava de onde. Observei-o bem. Tive a
certeza de que ele não era médico do hospital.
"Será
que fui transferida?" - pensei.
Como
não respondi, ele perguntou novamente:
-
Sônia, como está se sentindo?
-
Não sei, acho que bem. Estou saindo do coma?
-
Não, você não estava em coma - respondeu o senhor gentilmente.
-
Onde estou?
-
Na outra parte do hospital.
-
Que outra parte? - indaguei curiosa.
-
Na que fica do outro lado - respondeu uma das senhoras,
intrometendo-se na conversa.
-
Lado?! - balbuciei.
-
Do Além - ela falou rapidamente e baixinho.
-
Sônia - falou o senhor -, você compreenderá aos poucos o que lhe
aconteceu, é muito importante se esforçar para ficar calma e
tranqüila
para
se recuperar.
Uma
senhora me trouxe um suco. Não estava com vontade, não quis. O
senhor afastou-se,
foi
conversar com outra pessoa. Fiquei ali aborrecida, sem compreender o
que se passava.
Fingi
dormir e quando o senhor se afastou e tudo ficou quieto, levantei-me
com facilidade e saí escondida do quarto, passei por um corredor e
vi uma escada, desci e, aliviada, reconheci o hospital em que
trabalhava. Estava como sempre, lotado, pessoas indo e vindo. Voltei
para o quarto e deitei no meu leito.
"Deve
haver uma explicação para estar aqui" - pensei.
-
"Depois, por certo, aquele senhor me
dirá
o que aconteceu. Certamente fizeram, de algum setor do hospital, esse
local mais tranqüilo, onde me
trouxeram
para me
recuperar."
Dormi
de novo. Acordei e pensei em tudo o que me
ocorreu
e achei estranho, principalmente porque escutei, sem compreender
como, minha filha chorando.
"Ela
veio me
visitar
e chorou. Por que não me
acordou?
Mas está chorando agora!
Por
que a escuto e não a vejo?"
Quando
o senhor entrou no quarto, chamei-o:
-
Senhor, por favor, venha cá um pouquinho. O senhor é enfermeiro ou
médico?
-
Sou alguém que cuida de vocês.
-
Escutei essa senhora chamá-lo de doutor José Augusto. Não me
lembro
de ninguém com esse nome na equipe médica. Bem, isso não tem
importância. Estava vindo trabalhar, atravessei a avenida e um carro
me
atropelou;
depois não me
lembro
direito o que aconteceu. Escutei o doutor Murilo dizer que meu estado
era grave, entrei num torpor, num sono estranho, com sonhos confusos.
O senhor pode me
dizer
o que houve?
-
De fato, você foi atropelada - respondeu ele, tentando me
esclarecer
sem me
chocar.
- Foi conduzida para a sala de emergência. Sônia, você, sendo
enfermeira, já viu muitas pessoas morrerem, não é?
-
Sim já - respondi.
-
Trabalho com doentes terminais. No começo ficava triste quando uma
pessoa morria, até orava por ela, depois isso se tornou rotina, era
meu trabalho, cuidava de todos com carinho e a morte não me
incomodou
mais.
-
A morte do corpo físico é algo natural! Você é religiosa? -
perguntou ele.
-
Sou, vou à igreja quando dá, gosto de orar no sossego de um templo
- respondi.
-
E o que pensa da morte?
-
Não sei... - respondi
sacudindo
os ombros. - Por que está me
perguntando
isso?
-
Porque o corpo físico nasce e morre. Nós o usamos para viver na
Terra durante um período. Você não pensa na morte, em morrer?
-
Eu não! Ainda mais agora que sobrevivi
daquele
atropelamento em que ainda não me
recuperei.
A pancada na cabeça me
deixou
confusa, deve ter afetado meu cérebro.
Falei
um tempão sobre o que sentia e tinha explicação para tudo. Doutor
José Augusto me ouvia atento. Aproveitando que fiz uma pausa, ele
falou:
-
Sônia, não esqueça que a morte do corpo físico é para todos, e
que somos sobreviventes depois dessa ocorrência.
Mudei
de assunto aceitando um suco que me foi oferecido. Não estava
gostando nem um pouco de estar ali, achei muito estranho. Quando
minhas companheiras de quarto dormiram, levantei devagarzinho e saí
do quarto. Uma senhora de aparência agradável, aproximou-se
quando
estava no corredor perto da escada.
-
Sônia, aonde vai? Está fugindo?
-
Saí somente para dar uma voltinha - respondi.
-
Você pediu permissão? - indagou-me. - Não pode sair e andar por
aí, pode ser perigoso. Volte, por favor! Você está em recuperação
e tem de obedecer às
normas
do hospital. Como enfermeira sabe disso, não é?
Fingi
que ia voltar, mas corri e desci as escadas. Passei correndo pelos
corredores movimentados do hospital. Entrei na ala reservada ao corpo
docente, no vestiário das enfermeiras. Apressada troquei de roupa.
Saí do prédio, parei em frente da avenida, quis estar em casa. E,
logo estava. Aliviada, nem pensei como vim, achei que estava
esquecendo alguns detalhes.
Meu
lar estava bagunçado. Tentei arrumá-lo
e
não consegui. Quis colocar objetos nos seus lugares, mas eles
continuavam onde estavam. Cansada, sentei numa poltrona e adormeci.
Acordei com meus filhos chegando com minha mãe. Corri para abraçá-
los, mas
eles não me deram atenção. Pareciam não me ver. Escutei minha
filha dizer:
-
Estamos contentes, vovó, por estar aqui nos ajudando.
Conversaram
sem me dar atenção.
"Acho"
- pensei - "que estão bravos comigo porque fugi do hospital."
Meus
dois filhos e minha mãe fizeram uma faxina na
casa.
Ela foi embora, meu marido chegou, estava abatido e triste. Também
nem me olhou. Chorei. E minha filhinha chorou também. Meu marido a
abraçou.
-
Filha,
não chore! Estamos todos sofrendo. Tente reagir, temos de continuar
vivendo.
-
Sinto tanta falta dela!
"Será
que minha filha está chorando porque minha mãe, a avó dela, foi
embora?" - pensei.
Os
três se abraçaram. Foram dormir, nem me deram atenção. Resolvi ir
para o quarto. Deitei na minha cama. Encostei-me no meu marido. Ele
se revirou, levantou e foi para a sala, ligou a televisão. Fui
também, disposta a conversar com ele.
Falei
por minutos que estava bem, por isso saí do hospital e que eles não
precisavam me tratar assim. Meu esposo sempre fora muito atencioso
comigo, fingiu tão bem que parecia não me escutar. Sentei-me no
sofá e dormi.
Assim
se passaram dias. Até que escutei minha mãe e minha filha
conversando. Diziam que iam ao hospital pegar alguns objetos meus que
estavam lá.
"Bem"
- pensei -, "se estão me tratando assim, com desprezo porque
fugi de lá, vou com elas, assim me desculpam e fica tudo bem."
Entrei
com elas no carro. Pararam no estacionamento do hospital,
acompanhei-as e entramos no prédio.
Fiquei
olhando o movimento e quando percebi as duas sumiram. Resolvi ir para
a enfermaria onde estive, mas não encontrei as escadas. Fiquei
andando pelo corredor, acabei indo ao setor em que trabalhava, dos
doentes em estado grave. Fiquei num canto olhando. Vi um senhor, que
já conhecia, era um doente difícil, exigente e abusado.
Maltratava
com palavras rudes quem cuidava dele. Por duas vezes passara as mãos
em mim. Agora estava morrendo e, morreu. Vi dois vultos escuros o
pegarem pelos braços, deram-lhe
um
puxão e ele se transformou em dois. Um quieto, ali no leito, outro
gritando e desaparecendo com os vultos. Tremi de medo. Logo em
seguida, outra morte, uma senhora tranqüila
morreu
orando e foi envolvida por uma luz. Também se transformou em duas.
Uma ficou dormindo serenamente, e a outra foi embora com a
luminosidade
Estava
estupefata, então, vi aquela senhora que tentou me impedir de fugir.
-
Oi,
Sônia!
Que bom ter voltado! Espero que tenha compreendido o que ocorreu com
você.
-
Acho que estou louca!
Ela
me abraçou com ternura.
-
Não, Sônia! Por favor, não se iluda mais!
Observe-nos!
Somos, você e eu, diferentes dessas enfermeiras e desses doentes.
Você não está louca! Quando foi atropelada, seu corpo físico
morreu, porém você continuou viva, porque o espírito não morre.
-
Morta eu?! E agora? - perguntei aflita e com medo.
-
Aceite essa forma de viver. Venha, vou levá-la
para
a parte do hospital onde abrigamos desencarnados necessitados de
orientação.
Pegou
na minha mão e foi me puxando. Ao passar pelo corredor principal, vi
na parede uma foto do doutor José Augusto, ele foi um dos fundadores
do hospital e morrera há muito tempo.
-
O retrato do doutor José Augusto! - exclamei. - Ele me ajudou. Via
sempre essas fotos quando trabalhava aqui, por isso que, ao vê-lo,
achei
que o conhecia.
Aquela
senhora me colocou no leito. Chorei por horas com dó de mim e com
medo. Senti-me
abraçada.
Era o doutor José Augusto.
-
Sônia - falou ele carinhosamente -, minha amiga, não chore mais!
A
vida continua.
Adormeci
tranqüila.
Acordei
sentindo-me bem. Compreendi tudo. Minutos depois, o doutor José
Augusto veio me visitar e perguntei para ele:
-
E agora?
-
Irá aprender a viver com esse corpo que agora reveste, o
perispírito, para depois continuar sendo a boa enfermeira que sempre
foi.
-
Explique-me, por favor, o que aconteceu comigo pedi.
-
Você, há oito meses e quinze dias, ao atravessar a avenida, foi
atropelada e desencarnou. Foi trazida para cá e um dia fugiu.
-
Parece que faz somente alguns dias que fui atropelada!
-
exclamei.
-
Porque ficou confusa e dormiu muito.
-
Foi por isso que ninguém em casa me viu. Coitados!
-
Não poderiam vê-la.
Você,
Sônia, iludiu-se e não quis aceitar a situação. Via, em seu
trabalho, muitas pessoas desencarnarem, mas não pensou que isso
aconteceria com você.
-
Como fui para minha casa? Como troquei
de
roupa?
-
Quis
saber, curiosa.
-
Nós, desencarnados, locomovemo-nos
com
a força do pensamento, da vontade. Isso se chama volitação. Para
fazer esse processo consciente necessitamos aprender. Alguns o fazem
sem saber, usam da vontade, como você fez. Quanto à troca de
roupas, podemos plasmar vestimentas e objetos, também se faz
conhecendo e depois de um aprendizado, ou como você, que usou a
força mental, sem saber.
-
Vi, na U.T.I., duas pessoas morrerem. Um senhor foi levado por vultos
escuros e uma senhora por uma luz - falei, olhando para o doutor José
Augusto, esperando por uma explicação.
-
A desencarnação
não
é igual para ninguém - ele me
esclareceu
gentilmente. - Aquele senhor infelizmente viveu fazendo maldades,
e
desencarnados que não o perdoaram, levaram seu espírito para
regiões trevosas
a
fim de se vingarem dele. A senhora que viu com luz foi uma pessoa
bondosa e amigos vieram buscá-la para levá-la a locais de agradável
moradia. Há também desencarnes como o seu, em que o espírito
permanece junto ao corpo morto, vendo de forma confusa arrumarem-no
dentro do caixão e o velório.
Você
foi desligada duas horas antes do enterro. Outros, não querendo
abandonar o envoltório carnal, são enterrados junto.
Admirei-me
com as explicações coerentes que aquele bondoso doutor me
dava.
-
Ainda bem que não me
cremaram!
- suspirei aliviada.
-
Meu marido quer ser cremado. O que acontece com espíritos que têm o
corpo físico morto reduzido a cinzas pela cremação?
-
Nos locais onde são cremados, trabalham equipes de socorristas que,
independentemente de merecerem ou não, desligam esses espíritos da
matéria morta. Quem fez por merecer um socorro é levado para casas
de auxílio,- outros, que viveram imprudentemente ou sem fazer o bem,
somente são desligados - alguns ficam a vagar e muitos retomam ao
antigo lar.
-
Existem então desencarnados, como o senhor se refere aos que morrem,
bons e maus? Corri
risco
em ter saído daqui sem permissão? - indaguei-o.
-
Há, no plano espiritual, espíritos bons, maus e os que têm a
intenção de se melhorar só que não tiveram coragem o suficiente
para se dedicarem ao bem. Você, Sônia, correu perigo, de
desencarnados maus a pegarem e fazê-la escrava. Nós sabíamos onde
você estava e um socorrista ia vê-la sempre, tínhamos notícias
suas.
Agradeci-o
pelo
auxílio e pelas explicações. Dessa vez fui obediente, recuperei-
me, compreendi
que
fizera minha partida do plano físico e como quem parte,
chega,
vim para o plano espiritual. Fui transferida para uma colônia, onde
aprendi
a
viver desencarnada e a ser útil.
Tinha
sempre notícias dos meus familiares, depois de anos, pude vê-los e
estar com eles nos momentos importantes. E foi uma felicidade quando
o doutor José Augusto me
convidou
para servir como enfermeira, ser socorrista no hospital em que
trabalhei quando encarnada.
E
a vida fantasticamente continua!
Sônia
Explicações
de Antônio
Carlos
Iludir-se
é fácil. Temos tendência a acreditar no que queremos. Assim, Sônia
iludiu-se. Escutou, ao ser levada para a sala de emergência, que seu
estado era grave, que morrera. Agarrou-se tanto ao corpo físico que
socorristas que serviam no hospital tiveram dificuldades para
desligá-la - seu socorro somente ocorreu duas horas antes do seu
envoltório carnal ser enterrado. Deu para si mesma explicações
para tudo o que estava lhe acontecendo de diferente. Ao ficar numa
parte do hospital que não conhecia achou que era uma nova ala. Na
sua casa terrena pensou que a família não falava com ela, por
estarem bravos, por ter fugido etc.
Normalmente
poucas pessoas se preparam para esse fato natural que é a
desencarnação.
Infelizmente,
sempre achamos que isso acontece com os outros e quando
chega
nossa vez, apegamo-nos
a
detalhes para crer que continuamos na matéria física. Se tivermos
conhecimento, fazemos essa mudança com mais facilidade. Embora
necessitamos fazer jus para merecer o socorro. Não aceitar a
desencarnação
não
depende do motivo que levou os órgãos do corpo físico a findarem
suas funções. O desencarne de Sônia foi brusco. Talvez, se tivesse
doente por meses, ter-se-ia
preparado
e aceitaria sem tantas dificuldades a mudança de plano. Mas,
infelizmente, tenho visto doentes de anos também se iludirem. Não
deveríamos
ter
pavor da morte, e sim entendê-la e designar esse fenômeno pelo nome
certo: desencarnação,
aceitando
essa outra forma de viver, com aceitação e compreensão, tudo fica
mais fácil e agradável.
Fonte:
Morri! E agora? (Ditado por Antônio Carlos. Psicografado por
Vera Lúcia M. Carvalho. Editora Petit. 2004)
Muito interessannte essa experiência. Gostei da simplicidade com que os assuntos são tratados,embora temas profundos.
ResponderExcluirExcelente leitura. Narra de forma simples assuntos profundamente sérios.
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